Dezembro 19 2013

 

54. Todos o olhavam, mas não sabiam o que logo haveria de fazer.

 

 

 

Jesus tinha um pequeno banquinho de madeira clara, feito por José. Às vezes, o colocava num cantinho da sala e se sentava pensativo: às vezes o usava para comer ou para beber algo sentado.

 

Volto a vê-lo assim, com um copo bem maior, cheio de leite, sustentado por suas ternas mãozinhas... Essas mãos que haverian de ser perfuradas! Muitos dizem que há criaturas que sofrem meses ou anos de males físicos, e que Jesus sofreu só três dias!

 

Jesus sofreu intensamente durante esses três dias, e durante seu tempo sofreu dores espirituais dilaceradoras: cada vez que perdia para sempre uma alma, porque sendo Deus o via, e sofria como sofreis vós quando um ser querido vos deixa, para vir a Nós, ou para sua purificação. Jesus sofria pela verdadeira morte daqueles que não souberam amar, e pela daqueles que ainda estam por vir e não saberão amar.

 

E seus sacrifícios e suas renúncias de cada dia? Quem os conhece?

 

"Mãe, não vou comer este pãozinho, vou levar para aquele menino que vive no final da rua..."

 

Generosidade de menino, amor de Deus!

 

"Eis aqui: isto é meu Corpo, este é meu Sangue!"

 

 Havia tecido uma cortina, com listas vermelhas e brancas, a trama solta do tecido a fazia transparente:

 

"Que formosa cortina, Mãe! Olha como colore os raios do Sol!"

 

Jesus via a beleza em todas as coisas, a descobria numa abelhinha, numa folha, num raio de luz. Seu coração misericordioso! Ele busca o bem escondido nas almas, para perdoar o mal evidente que está nestas almas, para compreender às criaturas!

 

"Mãe, muitos homens parecem maus porque ninguém os ama..."

 

E Ele ama a todos: e apesar de tudo muitos são maus!

 

Dizem que Jesus não sabia escrever... nada deixou escrito: preferiu deixá-lo escrito no coração dos justos e dos santos: "Amai-vos uns aos outros". Sabia escrever...

 

Para, Deus nada é impossível, tampouco o usar uma pena... E como homem sabia escrever, Eu o ensinei, o que havia aprendido no Templo, mas repito: a Ele não lhe servia o escrever, a Ele lhe importava o que estivesse escrito nos corações humanos: "Amai-vos uns aos outros!"

 

Em sua maneira de falar foi simples e muito profundo. Falou para todos, para os sábios, para os ignorantes, para os grandes e para seus pequenos filhos bem-amados da Terra! Meu Filho: o Homem–Deus! Tinha vinte anos e era um jovem formosíssimo.

 

"Esse rapaz parece o filho de um rei, não de um carpinteiro..."

 

Todos o olhavam, mas não sabiam o que logo levaria a cabo, nem quem era na realidade. Eu sabia que um dia me haveria de deixar...

 

Quase todos os filhos deixam seu primeiro lar. Os filhos são antes de tudo de Deus e depois de seus pais. Deus leva a toda criatura mais além do tempo, devolve os filhos de quem os tirou, para um bem maior.

 

 Meu Filho, o Filho unigênito de Deus vivo, que veio para carregar sobre si os pecados do mundo. Para muitos lhe resulta di­fícil crer em sua divindade, dizem que é um profeta...

 

E os milagres? Para eles são lenda ou crêem que un dia po­derão explicá-los com a ciência... E o milagre de um homem, que é Deus, acompanhado de homens ignorantes e comuns, que levando a verdade ao mundo a transmite nos séculos através destes?...

 

O milagre da palavra não escrita por Jesus, mas transmitida pelos evangelistas, levada através do tempo, e de outras palavras da Palavra, que Ele agora vos envia, para a última salvação? E os milagres mais importantes: esses invisíveis do espírito?

 

 23 de Novembro de 1981

 

publicado por emtudosomenteavontadededeus às 21:51

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